quarta-feira, 13 de junho de 2007

ARTIGO


O crucial é começar a agir




O aquecimento global é um fenômeno climático de larga extensão que vem acontecendo nos últimos 150 anos. Logo, o significado de tantas mudanças climáticas é cada vez mais objeto de muitos debates entre os cientistas, a população, a mídia, Ongs e órgãos públicos . Causas naturais ou antropogênicas (provocadas pelohomem) têm sido propostas para explicar o fenômeno. Recentemente, muitos meteorologistas e climatólogos são categóricos ao afirmar a influência da ação humana.

O Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas - O IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas, estabelecido pelas Nações Unidas e pela Organização Meteorológica Mundial em 1988), no seu relatório mais recente diz que a maioria do aquecimento observado durante os últimos 50 anos se deve "muito provavelmente" a um aumento do efeito de estufa, havendo "evidência forte" de que a maioria do aquecimento deve-se a atividades humanas (a exemplo do maior uso de águas subterrâneas e de solo para a agricultura industrial e a um maior consumo energético e poluição, entre outros).

Os fenômenos geofísicos de alcance global têm que ser avaliados, em escala histórica e geológica, principalmente quando se pretendem utilizá-los para direcionar o desenvolvimento da sociedade mundial. A educação ambiental deve tratar o aquecimento global visando as causas e inter-relações em uma perspectiva sistêmica.


Para tanto, aspectos primordiais relacionados ao desenvolvimento e ao meio ambiente, tais como população, saúde, democracia, fome, degradação da flora e fauna devem ser considerados. A educação ambiental para uma sustentabilidade eqüitativa é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida. Ela consolida valores e ações que contribuem para a transformação social e para a preservação ecológica; estimula a formação de sociedades justas e ecologicamente equilibradas, que conservam entre si relação de interdependência e diversidade. A criança, desde cedo, deve aprender a cuidar da natureza e, é no seio familiar e na escola, que ela receberá subsídios para tanto.


O crucial é começar a agir e incentivar a produção de conhecimento, políticas, metodologias e práticas de educação ambiental em todos os espaços e para todas as faixas etárias. O princípio é trabalhar a partir das realidades locais, estabelecendo as devidas conexões com a realidade planetária. No entanto, a chave para minimizar e solucionar estas questões globais críticas chama-se prevenção. E aqui, tratamos fundamentalmente da educação ambiental: conscientizar para transformar. Por essa razão, lançamos o Fórum Aquecendo a Consciência Ambiental no RS e estaremos realizando uma audiência pública sobre aquecimento global na Assembléia Legislativa do Estado.


Paulo Borges - Deputado Estadual