LUTA CONTRA O CÂNCER DE MAMA AGORA É LEI
Mais de 900 gaúchas morrem a cada ano em decorrência do câncer de mama. O que coloca o Estado no topo das mortes pela doença em todo o Brasil.
O deputado Paulo Borges esteve ontem (13) na Caminhada das Vitoriosas, realizada pelo Instituto da Mama do RS. No evento, que faz parte da da Semana de Luta Contra o Câncer de Mama (10 à 18 de julho) Paulo Borges ressaltou a importância da lei que cria Comitês Municipais de Tolerância Zero para a Mortalidade por Câncer de Mama no Rio Grande do Sul (PL 266 /2007), proposta pelo parlamentar. O projeto foi aprovado e sancionado pelo Governo do Estado e, a partir deste ano, municípios gaúchos poderão contar com comitês de ação contra a doença. O principal objetivo da lei é baixar os índices e erradicar o câncer de mama entre as mulheres gaúchas.
Segundo dados apresentados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Rio Grande do Sul estará entre os Estados com o maior número absoluto de casos de câncer previstos para 2008, além de ter a terceira maior taxa de incidência de câncer de mama, 4.880 casos, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.
A cada 36 minutos, uma brasileira morre em decorrência do câncer de mama. Por ano, 50 mil novos casos da doença são detectados no país. Em cada 10 casos, sete são diagnosticados em fase avançada, quando o câncer já se espalhou para outras partes do corpo. Se descoberto no início, as chances de cura são de 90%.
"Queremos acabar, por exemplo, com a dificuldade e a falta de conhecimento da comunidade feminina em acessar o serviço de saúde, além de deter autonomia administrativa e política de fiscalizar e propor possíveis alternativas de tratamento", destaca Paulo Borges.
Veja quais as competências dos Comitês:
I - informar à população sobre a prática de ações preventivas, que compreendam a prática do auto- exame, exames preventivos de rotina, exames laboratoriais e exames complementares;
I - informar à população sobre a prática de ações preventivas, que compreendam a prática do auto- exame, exames preventivos de rotina, exames laboratoriais e exames complementares;
II - realizar periodicamente campanhas de educação para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama;
III - promover juntamente com o poder público, as empresas e as entidades civis do município atendimentos, palestras, exames e outras atividades que visem à conscientização da população e à redução dos índices de mortalidade vinculada ao câncer de mama.IV - atuar como fiscalizador com o objetivo de identificar o conjunto de procedimentos que falham na cadeia de atendimento à saúde da mama.
Uma ameaça às famílias
A Organização Mundial da Saúde estima que, por ano, ocorram mais de 1.050.000 casos novos de câncer de mama em todo o mundo, o que o torna o câncer mais comum entre as mulheres. No Brasil, não tem sido diferente. Informações processadas pelos Registros de Câncer de Base Populacional, disponíveis para 16 cidades brasileiras, mostram que na década de 90, este foi o câncer mais freqüente no país. As maiores taxas de incidência foram observadas em São Paulo, no Distrito Federal e em Porto Alegre.
Para a Dra. Maira Caleffi, presidente do Instituto da Mama do RS(IMAMA) e da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da mama(FEMAMA), a principal ação de combate à doença é informar à população sobre a necessidade de conhecimento do corpo e a prevenção das doenças da mama. "Temos que erradicar o câncer de mama como uma doença que ameaça a vida. É imprescindível mobilizar a sociedade para a importância dos cuidados com a saúde da mama, bem como dos direitos que todo cidadão possui dentro do sistema público.
Problema de saúde pública
De acordo com a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil para 2006, apresentada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama será o segundo mais incidente, com 48.930 casos. "Considerando que o enfrentamento do câncer no país depende de um grande esforço coletivo de colocá-lo como uma questão prioritária de Saúde Pública, os dados oferecidos são imprescindíveis para que se possa elaborar uma política de controle efetiva com especificidades regionais e possibilidade de aprimoramento permanente", indica Luiz Antonio Santini Rodrigues da Silva Diretor Geral do INCA.
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