segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Coquetel

Paulo Borges vai a Brasília atrás de respostas
sobre a
falta de atendimento aos soropositivos

Frente Parlamentar de Combate à Aids e Tuberculose, coordenada pelo deputado Paulo Borges, irá, juntamente com representante do Simers, ao Ministério da Saúde explanar sobre a falta de medicamentos e exame de carga viral para os portadores de HIV

A falta de medicamentos, um deles usado por mais de 700 pacientes, juntamente com os exames de carga viral e o CD4, todos integrantes dos protocolos de tratamento, e que deveriam ser feitos a cada três meses (mas estão sendo marcados somente para julho), são as fontes de preocupação. Dada essa situação, o deputado Paulo Borges, apoiado pelas ONGs participantes da Frente Parlamentar e das entidades médicas do RS, irá à capital federal, na próxima quarta-feira (10), apresentar uma carta cobrando do órgão federal mais agilidade no processo de reposição dos remédios e ampliação dos locais de realização dos exames de rotina.

No mês passado, em coletiva na sede do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), diversas ONGs, entidades, médicos e parlamentares se reuniram para expor essa grave falha no atendimento aos soropositivos. No entanto, mesmo com essa exposição dos fatos, inclusive com a veiculação na imprensa, nada foi feito para modificar a situação. “Com o apoio das entidades que participam da Frente Parlamentar, irei até Brasília cobrar do Ministério da Saúde a volta da normalidade no atendimento aos portadores de HIV”, anuncia Borges.

Ainda em Brasília, Borges tentará unir forças para aprovação da Lei de criminalização do preconceito ao portador de HIV. O projeto tramita desde 2005 no Congresso e pode ser aprovado ainda esse ano, juntamente com o de Borges, que é autor da lei estadual de punição a quem discrimina o soropositivo.

Para se ter uma ideia, o RS é o estado com maior índice de Aids do país, com 43,8 casos a cada 100 mil habitantes. Mais de 17 mil pessoas teriam a doença no Rio Grande do Sul. Porto Alegre é a campeão entre as cidades do Brasil, com 111,5 casos por cem mil habitantes, quase o dobro da segunda colocada, Florianópolis, com 57,4 casos a cada cem mil habitantes. “ A Frente Parlamentar tem essa obrigação de estar atenta a todos os fatos relacionados ao bem-estar do portador de HIV e Tuberculose.”, enfatiza o coordenador do colegiado.

Nenhum comentário: