segunda-feira, 24 de novembro de 2008

"FALTA DIÁLOGO AO GOVERNO", DIZ PAULO BORGES
Vitor Biermann
Na tentativa de estabelecer um diálogo entre o Governo e Cpers, para buscar soluções à greve que prejudica quase 1,5 milhões de alunos, que poderá interferir no veraneio e, consequentemente, afetar a economia do Litoral Gaúcho, o deputado Paulo Borges reuniu na manhã desta segunda-feira (24/11), no Plenarinho da Assembléia Legislativa, as representações da sociedade ligadas ao impasse.

Estiveram presentes na mesa para o debate a presidente do Cpers, Rejane Oliveira, o presidente da Federação das Associações dos CPMs/RS, Robison Giudici Minuzzi, o presidente da União Gaúcha dos Estudantes (UGES), Antônio Rosa, o ex-presidente da Associação dos Municípios do Litoral Norte, Zezo, e o presidente da Federação Sul-americana dos CPMs, Jocelim Azambuja.

No encontro, Paulo Borges destacou a falta de iniciativa do Governo, que não enviou nenhum representante: "Está faltando diálogo. Precisamos, urgentemente, de uma abertura do governo para negociar com a classe dos educadores, senão teremos conseqüências maléficas para o Estado".

E ainda criticou: "é um erro primário quando se trabalha num estado democrático, ignorar as pessoas diretamente interessadas, negar-lhes o direito a negociação, ao debate e ao entendimento".

Rejane Oliveira, presidente do Cpers, elucidou os anseios dos professores, ressaltando que falta somente um gesto da governadora Yeda para dar um fim à paralisação que já dura mais de 15 dias: "Queremos sentar numa mesa e conversar, não queremos atitudes antidemocráticas e autoritárias como o corte no ponto dos grevistas". Rejane destacou também a atitude dos parlamentares que assinaram o Termo de Compromisso de não votar, até o fim do Recesso Escolar (março/2009), o projeto do Piso do Magistério que, segundo o Sindicato, não é constitucional.

Jocelim Azambuja, representante sul-americano dos CPMs, foi além, observou também a falta de cumprimento na destinação das verbas para educação: "O trabalho dos educadores gaúchos é prejudicado não somente pela baixa remuneração, mas também pela falta de verbas necessárias para uma consolidação do ensino".

Sobre o encontro, Paulo Borges sugeriu uma formalização documental do que foi a reunião, bem como a entrega do mesmo ao Governo do Estado. Além disso, amanhã, terça-feira, na reunião da Comissão de Educação, o parlamentar fará uma exposição da reunião.

O litoral pode ser prejudicado
O tempo passa e o impasse Governo e Cpers não se resolve. Os dias letivos ficam em atraso, e terão de ser recuperados, o que poderá prejudicar o veraneio dos gaúchos com filhos matriculados em escolas estaduais em greve. "Diminuindo as receitas do veraneio, cairá a arrecadação de tributos e consequentemente, o Estado perderá. Muitos pequenos e micro - empresários já estão neste momento, com as portas abertas, gerando empregos e com a expectativa de um faturamento que poderá ser frustrado, salienta o deputado.

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