terça-feira, 4 de dezembro de 2007

SAÚDE DA MULHER EM VOTAÇÃO

NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA



O projeto de lei que objetiva erradicar o câncer de mama no Rio Grande do Sul pode ser aprovado amanhã. Mais de 900 gaúchas morrem a cada ano em decorrência da doença, colocando o Estado no topo dos óbitos por câncer de mama em todo o Brasil.






Amanhã à tarde, quarta-feira(5), será votado em plenário, o projeto de lei que cria Comitês Municipais de Tolerância Zero para a Mortalidade por Câncer de Mama no Rio Grande do Sul (PL 266 /2007), proposto pelo deputado Paulo Borges. Aprovado, o projeto marcará um importante momento na luta pela saúde feminina no Estado..

A votação da lei é reforçada pelos dados apresentados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), na última segunda-feira(26), os quais colocam o Rio Grande do Sul entre os Estados com o maior número absoluto de casos de câncer previstos para 2008, além de ter a terceira maior taxa de incidência de câncer de mama, 4.880 casos, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Amanhã, também será realizada pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente Audiência Pública, sobre "Saúde da mulher: a prevenção está em suas mãos". O debate acontece às 9h30min, no Teatro Dante Barone.

Pioneirismo no combate ao câncer de mama

O Rio Grande do Sul pode se tornar o primeiro Estado a iniciar um combate efetivo ao câncer de mama e baixar os índices, dedicado-se prioritariamente ao implemento de políticas públicas efetivas na ação contra a doença.

A ação depende apenas da aprovação do projeto de lei que cria Comitês Municipais de Tolerância Zero para a Mortalidade por Câncer de Mama no RS. A iniciativa é uma parceria entre o deputado Paulo Borges, proponente do projeto, e da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) junto ao IMAMA.


O principal propósito da constituição dos Comitês será buscar, através da pesquisa e da análise profissional, os fatores que falham nos procedimentos da cadeia de atendimento à saúde da mama e, assim, propor políticas públicas eficazes relacionadas ao tema, colocando a Saúde na Agenda do Congresso Nacional.


"Este é um início sólido para que haja um processo eficaz no combate ao câncer de mama no Estado. Implementados os comitês de erradicação da doença, as campanhas de educação para a prevenção e detecção precoce do câncer serão uma das principais ferramentas para informar a população sobre a prática de ações preventivas", explica o deputado.

Veja mais dados:



Estimativa 2008 de Incidência do Câncer no Brasil


Câncer de mama

O número de casos novos de câncer de mama esperados para o Brasil em 2008 é de 49.400, com um risco estimado de 51 casos a cada 100 mil mulheres. Este é o segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo e o mais comum entre as mulheres. A cada ano, cerca de 22% dos casos novos de câncer em mulheres são de mama.

Apesar de ser considerado um câncer de relativamente bom prognóstico, se diagnosticado e tratado oportunamente, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas no Brasil, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

Câncer do colo do útero


O número de casos novos de câncer de colo do útero esperados para o Brasil no ano de 2008 é de 18.680, com um risco estimado de 19 casos a cada 100 mil mulheres.

Com aproximadamente 500 mil casos novos por ano no mundo, o câncer de colo do útero é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável pelo óbito de, aproximadamente, 230 mil mulheres por ano. Sua incidência é cerca de duas vezes maior em países menos desenvolvidos comparado com os mais desenvolvidos.

Fonte: INCA