terça-feira, 11 de março de 2014

Paulo Borges protocola emenda que inclui aposentados no reajuste proposto pelo governo


Foto: Patricia Paes


Em mais um pacote de projetos de lei, enviados pelo Executivo à Assembleia Legislativa, mais uma vez em regime de urgência, está o PL 37, que prevê a criação de gratificações escalonadas até 2016, para técnicos científicos e quadro geral, apenas para os servidores ativos. Como se trata uma medida inconstitucional, o Deputado Paulo Borges, protocolou na manhã de hoje (11), uma emenda ao projeto, para incluir os reajustes aos aposentados destas categorias. A emenda baseia-se na Constituição Federal de 1988 - Artigo 40, parágrafo 4º, que consagra a paridade entre o ganhos dos servidores ativos e inativos.

“Já existe jurisprudência no STF desta matéria, reconhecendo o direito dos aposentados ao recebimento de qualquer benefício ou vantagem concedida aos servidores da ativa. Portanto, não há o que discutir nesse sentido e o governo deveria saber disso”, declara Borges.

O parlamentar destaca também que nos três primeiros anos do governo do PT, Tarso mandou para a Assembleia, 474 projetos de lei em regime de urgência, que simplesmente atropelam a discussão democrática e todo o processo legislativo. Só agora, são mais 17 matérias que tratam de reestruturação de carreiras, aumento de salários e gratificações, também com prazo de tramitação de 30 dias. Sem entrar no mérito dos projetos, se são justou ou não, Paulo Borges lembra que o Governo teve desde 2011 para formular esses projetos, mas só o faz agora em ano de eleição.

“Só para efeitos de comparação, nos três primeiros anos do Governo Rigotto, foram enviados à AL, 169 PLs em regime de urgência e no Governo Ieda, foram 118 PLs no mesmo período. Eu lembro que os deputados do PT, então na oposição, faziam discursos raivosos em plenário contra esse expediente do governo. Agora, se vê com clareza como a estratégia política do Governo Tarso, é marcada pela imposição e pela incoerência. Vale a máxima: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!”, critica Paulo Borges.

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