terça-feira, 19 de novembro de 2013

Deputado Paulo Borges impede poluição da Lagoa dos Barros


Foto: Patricia Paes


O deputado Paulo Borges conseguiu este mês, através de um acordo firmado entre o Ministério Público, FEPAM/RS, Corsan e Prefeitura de Santo Antônio da Patrulha, impedir que os efluentes gerados pela Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), de Osório, fossem despejados na Lagoa dos Barros, em Sto. Antônio da Patrulha.
A polêmica começou em 2007, quando a prefeitura de Osório elaborou, aprovou o projeto, conseguiu recursos federais e começou as obras da ETE, sem ter feito nenhuma consulta à população e nem às autoridades do município vizinho. Desde então, o Deputado abraçou a causa em defesa do meio ambiente e das condições fisico-químicas e biológicas da Lagoa dos Barros, que além de abastecer as lavouras de arroz de Santo Antônio, é também a única lagoa do município.
O parlamentar explica o histórico: “No projeto inicial houve várias irregularidades. Primeiramente, Osório só conseguiu os recursos por que afirmou que sua população era superior a 50 mil habitantes, quando na verdade são 39 mil moradores. O local escolhido para a construção da ETE, deveria ter sido do outro lado da cidade pela proximidade com as demais lagoas de Osório, que são cerca de vinte. Já Santo Antônio da Patrulha só possui a Lagoa do Barros, que não tem saída para outras lagoas. Além disso, a população de Santo Antônio nunca foi informada e nem consultada sobre o empreendimento. Nem uma audiência pública foi realizada. Quando eles se deram conta, Osório já estava construindo a Estação de Esgoto e pretendia jogar todos os dejetos na Lagoa dos Barros”.
Naquele ano, Paulo Borges criou e presidiu uma Subcomissão Parlamentar na AL/RS, que promoveu diversas audiências públicas para a análise do problema, inclusive em Santo Antônio da Patrulha. Em um destes encontros, veio do Rio de Janeiro uma das maiores autoridades do Brasil em lagos e lagoas, o Prof. Dr. Friedrich Herms, da UFRJ, que declarou:
“A escolha da Lagoa dos Barros para a ETE de Osório, foi totalmente equivocada, visto que como o volume de dejetos jogados anualmente seria o equivalente a 1/3 do volume total da lagoa, as águas estariam condenadas em no máximo dez anos. A Lagoa dos Barros por não ter escoamento, possui capacidade de renovação de apenas 10%”.
Após o reconhecimento da justiça, o deputado concedeu entrevista à Rádio Itapuí, de Santo Antônio da Patrulha, e comemorou o resultado. Numa conversa com Odilon Ramos, no programa “Tá na Mesa”, o Homem do Tempo expressou toda sua satisfação com o reconhecimento de anos de trabalho.

“Para quem se dedicou à causa da Lagoa dos Barros como eu fiz, ver o veredicto favorável da justiça traz um sentimento de dever cumprido para com o povo patrulhense”, concluiu Paulo Borges.


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