quarta-feira, 15 de maio de 2013

Paulo Borges faz críticas ao Conselho Estadual de Comunicação e o classifica como um ato de violência



Foto: Patrícia Paes

Em um discurso forte na tribuna da Assembleia na tarde de ontem, Paulo Borges criticou a iniciativa do Governo Tarso Genro que pretende mandar no próximos dias à Assembleia, a proposta de criação do Conselho Estadual de Comunicação. O Deputado classificou a inciativa como uma violência aos meios de comunicação, pois se trata de uma forma velada de censura e tentativa de calar a voz e banir a liberdade de expressão de um dos poderes que mais legitimam a democracia, que é a imprensa.
“O PT quer seguir o exemplo da presidente Cristina Kirchner, na Argentina. O processo de desconcentração dos grupos de comunicação do país, nada mais é que uma tentativa de aliciar empresários através da intimidação, pressões sociais e econômicas para que eles boicotem os veículos de comunicação e com isso criar marcos regulatórios utópicos e fora da realidade. Tenho a convicção de que o caminho para a imprensa livre é a autorregulamentação”, declara.
Em recente entrevista ao Portal Carta Maior, o governador Tarso Genro disse textualmente que é preciso “forçar a barra”, através da luta política para que o Congresso elabore um sistema regulatório para a formação de empresas de comunicação. E Tarso diz isso por achar que a imprensa, ao criticar os seus atos de governo e a demora para cumprir as suas próprias promessas de campanha, está defendendo uma proposta de governo neoliberal. 
Ora, por favor, senhor governador! Isso é ofender a inteligência de quem escreve e de quem lê as notícias! Parece discurso do tempo da ditadura militar. O senhor está confundindo as críticas com relação as obrigações públicas de um governo democraticamente eleito, com diferenças político-partidárias. Quer dizer, se a imprensa fosse só elogios ao seu governo, aí sim a liberdade de expressão seria respeitada e não precisaria de regulação”, questiona o Deputado . 
Paulo Borges também classificou essa postura do Piratini como ditatorial e autoritária, pois só aceita como verdade aquilo que lhe convém. E lembrou que o povo gaúcho não quer um governo preocupado em censurar a imprensa, e sim uma gestão comprometida em garantir saúde, segurança e educação, como comprovou a recente pesquisa de opinião contratada pelo Executivo e que custou aos cofres públicos 500 mil reais.
“O contribuinte pagou para o Estado ouvir o que já sabe, e que o então candidato Tarso Genro prometeu em campanha. Eu que ando nas ruas todos os dias poderia facilmente lhe dizer, senhor Governador, que as pessoas querem mais médicos, mais escolas e mais policiamento. E por essa informação, eu como jornalista, não iria cobrar nada. Seria de graça!”, conclui Paulo Borges.

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